Hoje em dia fazer investimento em imóveis físicos é algo bastante simples e totalmente possível para qualquer tamanho de bolso. Portanto, como investidor, você já pode optar por um fundo imobiliário de tijolo para integrar sua carteira. Os fundos de “tijolo” são fundos imobiliários compostos por imóveis físicos e procurados por investidores que querem incorporá-los em seu portfólio, sem ter que comprá-los diretamente.

Este fundo elimina muito da burocracia que envolve a aquisição de imóveis e é uma possibilidade de investimento tão significativa quanto a modalidade tradicional. O fato é que, do mesmo modo que permite o fácil acesso, o fundo de tijolo demanda muita atenção na sua escolha. Portanto, é importante saber quais são os pontos de atenção a serem avaliados na seleção do fundo mais adequado para cada investidor.

Neste post, falaremos sobre como funciona o fundo imobiliário de tijolo e o que analisar no momento da escolha em qual investir. Acompanhe!

O QUE É E COMO FUNCIONA O FUNDO DE TIJOLO?

Como vimos, o fundo imobiliário de tijolo é a possibilidade de fazer investimento em imóveis físicos. Contudo, ainda que seja composto por ativos imobiliários e menos volátil, este fundo é negociado como um investimento de renda variável. Por esse motivo, acaba sendo um produto financeiro muito interessante para investidores com alguma experiência no segmento e que estejam buscando rendimentos regularmente.

Esse tipo de fundo possibilita o investimento em uma carteira de imóveis físicos, por meio da compra de cotas. De acordo com os objetivos e riscos definidos em seu regulamento, são criadas estratégias para alcançar os retornos alvo previamente determinados no lançamento.

Com os recursos recebidos na aquisição das cotas pelos investidores na oferta inicial, os fundos constroem ou adquirem bens imóveis de um setor específico como galpões logísticos, por exemplo, ou destinam os recursos para outros setores do segmento imobiliário. O foco principal é alcançar o retorno planejado através dos aluguéis recebidos mensalmente ou com a venda dos imóveis do portfólio após sua valorização.

Em um fundo imobiliário o investidor não será o proprietário direto dos imóveis adquiridos. O investidor “empresta” seu capital para que o fundo implemente as estratégias definidas em seu regulamento, desobrigando o investidor da responsabilidade de gerir, controlar, cobrar aluguéis.

O fundo imobiliário de tijolo tem como coparticipantes um gestor e um administrador que são responsáveis desde a criação das estratégias, como custodia das cotas e todas as ações em relação ao fundo.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE FUNDO DE TIJOLO?

Existem vários tipos de fundo de tijolo. Veja alguns deles:

●      hospitais;

●      shoppings;

●      lajes corporativas;

●      galpões logísticos;

●      supermercados;

●      instituições educacionais;

●      agências bancárias.

É importante analisar as peculiaridades de cada setor, pois cada tipo de imóvel apresenta características que impactarão diretamente no retorno dos seus investimentos.

O QUE DEVE SER OBSERVADO AO ESCOLHER INVESTIR NO FUNDO DE TIJOLO?

VOLATILIDADE

Comparado a um investimento em ações, o fundo imobiliário de tijolo tem a tendência a apresentar uma volatilidade menor. Por esse motivo, diminui a aversão dos investidores iniciantes ou mais conservadores.

RENTABILIDADE

Quando o assunto é rentabilidade, as receitas dos aluguéis dos imóveis que compõem a carteira são distribuídas entre os cotistas, periodicamente. Caso algum imóvel seja vendido, a valorização também é distribuída aos cotistas.

LIQUIDEZ

Fundos mais diversificados como os fundos de tijolo, apresentam uma liquidez maior na Bolsa de Valores. É possível optar pelos que estejam na carteira do IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) composto pelos fundos com maior negociação. É importante ressaltar que, normalmente, os fundos que não estão nesse índice possuem liquidez menor, tornando mais arriscada a entrada e saída dos investimentos.

TAXA DE VACÂNCIA

É muito importante verificar a taxa média de vacância que o fundo possui, principalmente se for de renda. Essa taxa indica o período médio em que os imóveis permanecem vazios, afetando os rendimentos. Uma taxa de vacância elevada em um fundo de tijolo pode representar um sinal de alerta em relação aos riscos, por outro lado, pode ser uma oportunidade de compra de cotas, caso estejam descontadas em relação ao valor de mercado das propriedades.

PERFIL E OBJETIVOS

Quando falamos de investimentos imobiliários, recomenda-se optar pelos fundos que o cliente se sente mais confortável após um estudo detalhado de suas características, tese de investimento e riscos. Dessa forma, é preciso saber qual é o perfil de tolerância a riscos, oscilações e eventuais perdas.

Os tipos de investidores são:

●      arrojado: mais tolerância a riscos;

●      moderado: suporta riscos até certo ponto;

●      conservador: pouco tolerante a riscos.

Como os investimentos imobiliários fazem parte da renda variável, não são muito indicados para investidores conservadores. Todavia, essa alternativa não deixa de ser uma boa opção na diversificação de um portfólio mais conservador.

DESEMPENHO

Outra recomendação importante é, antes da aquisição das cotas, analisar o histórico de desempenho do fundo. Ainda que a performance anterior não garanta ganhos futuros, esta é uma maneira de entender o comportamento de cada fundo, pois é um ótimo indicador do potencial de resultados, alinhando expectativas e norteando a tomada de decisão. Além disso, ao realizar a análise de desempenho, vale a pena sempre comparar com o benchmark .